O número de casos de Febre Amarela em Minas Gerais estabilizou depois do surto da doença registrado entre julho de 2017 e junho deste ano. Nesse período, foram confirmados 528 casos da doença no Estado. Desses, 177 evoluíram para morte, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde. 

De acordo com o infectologista Estêvão Urbano, a incidência de novos casos já é muito menor, quando apenas casos esporádicos são registrados. “Essa queda se deve a grande mobilização dos órgãos públicos para orientar e conscientizar as pessoas da importância da vacinação, maneira de prevenção mais eficiente. Hoje, as pessoas acima de 60 anos estão vacinadas, o que não era comum antes do surto. Os adultos que não eram vacinados contra a doença também se imunizaram. A tendência é o número de casos reduzir”, detalha o médico. 

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a cobertura de vacinação de febre amarela, em Minas Gerais, está em torno de 95,16%. Ainda há estimativa de quase 700 mil pessoas não vacinadas contra a doença, especialmente na faixa etária de 15 a 59 anos de idade, a mais acometida pela febre amarela em 2017. 

Levando em consideração que a Febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a Dengue, ela tem um período crítico de incidência da doença. Normalmente, no período chuvoso com altas temperaturas, entre os últimos meses do ano e o início do ano seguinte. “Por vários motivos, o momento de maior incidência da doença é no período de chuva com muito calor. Isso porque a multiplicação dos mosquitos é muito rápida, outro motivo é a época em que as pessoas visitam mais áreas rurais por causa das férias e do calor. Por isso, as pessoas devem continuar atentas à vacinação”, conclui o infectologista Estêvão Urbano.

Fonte e foto: Itatiaia Link da reportagem: http://www.itatiaia.com.br/noticia/mesmo-com-reducao-de-casos-vacinacao-contra-f