Uberlândia, Cascalho Rico e Araxá, no Alto Paranaíba, tiveram os primeiros casos de morte de macaco por febre amarela confirmados. O resultado positivo de exames feitos em amostra dos animais foi divulgado no boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta sexta-feira (3). Por causa disso, as medidas de combate à doença foram reforçadas.

Os municípios de Uberaba, Ibiá e Sacramento também já tiveram morte de primatas por febre amarela.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Uberlândia , o macaco com febre amarela foi encontrado morto na zona rural. Disse ainda que a Prefeitura tem intensificado a vacinação para evitar qualquer tipo de contaminação.

Em Araxá, a Secretária Municipal de Saúde informou que o macaco diagnosticado com a doença foi encontrado morto no dia 14 de fevereiro na região da Gameleira, na zona rural da cidade.

O exame foi realizado pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro através do Ministério da Saúde. A vacinação contra a febre amarela continua sendo oferecida normalmente nas unidades de saúde e será intensificada na zona rural. Em nota, a Prefeitura disse ainda que não há nenhum caso suspeito da doença em humanos no município.

Mortes de macacos em investigação
Ainda conforme o boletim divulgado pela secretaria, Tupaciguara, Frutal e Planura que antes estavam em uma lista com "rumor de morte de primata sob monitoramento", agora estão em "epizootias em investigação".

Cidades  com rumores de epizootias
As cidades que continuam na lista de rumores de epizootias - morte de macacos - na região são: Araguari, Estrela do Sul, Prata, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Coromandel, Romaria, Água Comprida, Carneirinho, Conquista, Itapagipe, Limeira do Oeste, Perdizes, Pratinha, São Francisco de Sales e Tapira.

A SRS em Uberlândia ressaltou que as cidades entram na listagem de investigação a partir do momento em que se consegue material físico para o laboratório realizar a análise e identificar as causas da morte. Ainda conforme a SRS, foram disponibilizadas doses extras da vacina para cobrir a zona rural de todas as cidades listadas acima.

A febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

Como o surto está concentrado fora das regiões urbanas, o Ministério da Saúde recomendou a imunização para todas as pessoas que residem em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e aqueles que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata. Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.

A doença se torna aparente de três a seis dias após a infecção, de acordo com o Ministério da Saúde. Os sintomas iniciais são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maior parte das pessoas apresenta uma melhora após tais sintomas. Cerca de 20% a 40% das pessoas que desenvolvem a versão mais grave da doença (15% do total de infectados) podem morrer.