Boletim mostra registros de casos prováveis de dengue, zika e chikungunya no Triângulo e Alto Paranaíba em 2018

Por Aécio Gonçalves 10/01/2019 - 13:15 hs

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou na segunda-feira (7) o primeiro boletim epidemiológico de 2019 que mostra os números de casos prováveis - entre notificações confirmadas e as que ainda estão sob investigação - de zika, dengue e chikungunya em cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

O levantamento informou que houve óbitos de dengue na região em 2018. Já zika e chikungunya não tiveram mortes confirmadas, no entanto foram 19 e 33 casos prováveis das doenças registrados, respectivamente.

Dengue

Minas Gerais registrou 29.875 casos prováveis de dengue. Em 2018, oito óbitos foram confirmados por dengue nos municípios de Araújos, Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba, Lagoa da Prata, Moema e Uberaba; 14 óbitos ainda estão em investigação para a doença.

Na região, 12 cidades estão com incidência muito alta da doença. Veja:



Segundo o Ministério da Saúde, o vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e causa doença febril aguda. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e autolimitados. Contudo, uma pequena parcela dos infectados evolui para doença grave.

Zika

O boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira mostra que oito cidades da região registraram, juntas, 19 casos prováveis de zika. Veja:




De acordo com o Ministério da Saúde, a zika é uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves. No entanto, há registro de mortes e manifestações neurológicas, além de casos de microcefalia.

Em Minas Gerais, foram 184 casos prováveis da doença registrados em 2018, mas nenhum óbito foi confirmado.

A principal forma de transmissão do vírus zika é pela picada do mosquito infectado, principalmente o Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre, conjuntivite, dores nos músculos e nas articulações, mal-estar e dor de cabeça.

Chikungunya

Em relação à febre chikungunya, Minas Gerais registrou 11.772 casos prováveis da doença. No Triângulo e Alto Paranaíba, são 33 casos registrados em 18 cidades. Confira:



Chikungunya foi a doença transmitida pelo Aedes que mais matou em 2017 no país, provocando 123 óbitos no Brasil, 18 a mais que a dengue.

A chikungunya provoca febre, dores nas articulações e pode causar reumatismo. Existem quadros com dores leves, moderadas e graves. Em 50% dos casos, elas se tornam crônicas.

Esse tipo de reumatismo é semelhante à artrite, cuja causa é a inflamação nas articulações e a infecção dos nervos, que leva à sensação de dormência. Além disso, ocorre inchaço porque o vírus também invade o sistema linfático.

Os mais acometidos pelos quadros crônicos e dolorosos são mulheres com doença aguda por mais de dez dias ou com mais de três semanas de dores articulares, e pessoas que já tenham problemas articulares e diabetes.

Fonte e foto: G1 Triângulo Mineiro Link da reportagem: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2019/01/09/boletim-mostra-registros-de-casos-provaveis-de-dengue-zika-e-chikungunya-no-triangulo-e-alto-paranaiba-em-2018.ghtml