MG já recebeu 38 notificações de crianças com suspeita de ter síndrome rara associada à Covid. Caso é registrado em São Gotardo

Por Aécio Gonçalves 16/09/2020 - 08:09 hs

Trinta e oito casos suspeitos de síndrome inflamatória pediátrica, possivelmente provocada pela Covid-19, estão sendo investigados em Minas Gerais. Já foram confirmados 17 casos. Doze crianças já receberam alta. O estado não registrou óbitos pela síndrome.

O nome completo da síndrome é Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada à Covid-19 (SIM-P).

Os números constam no boletim epidemiológico que o governo passou a divulgar, desde 1º de setembro, sobre esta síndrome rara que está acometendo as crianças durante a pandemia.

Há uma semana, na última terça-feira (8), havia 6 casos suspeitos e 3 confirmados a menos do que nesta terça.

Desde julho, a notificação pela SIM-P se tornou obrigatória. A primeira vez que o assunto veio à tona foi no dia 6 de agosto, quando duas crianças já estavam sendo acompanhadas, mas especialistas apontam a possibilidade para mais subdiagnósticos, já que a síndrome tem semelhanças com outra, a de Kawazaki, com febre, manchas vermelhas na pele, conjuntivite, edema de pés e mãos.

A Secretaria de Estado de Saúde alerta que nem todos os casos de SIM-P têm febre. As crianças diagnosticadas necessariamente testaram positivo para Covid-19. Os sintomas podem evoluir de forma grave com insuficiência respiratória, doença renal aguda, insuficiência cardíaca aguda.

Em Minas, a SIM-P foi confirmada em crianças de 0 a 14 anos – mais da metade delas (59%) com até 4 anos. Em 65% dos casos, as crianças são do sexo masculino. Em 82%, elas não tinham nenhuma comorbidade ou fator de risco.

Veja os municípios de residência das crianças diagnosticadas com a síndrome:

Belo Horizonte - 8

Contagem - 2

Betim - 1

Montes Claros - 1

Oliveira - 1

São Gotardo - 1

Sarzedo - 1

Uberlândia - 2

Fonte: G1 Globo Link da reportagem:https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/09/15/mg-ja-recebeu-38-notificacoes-de-criancas-com-suspeita-de-ter-sindrome-rara-associada-a-covid.ghtml