Lavar corretamente peças de vestuário e roupas de cama previne contra o coronavírus

Por Aécio Gonçalves 24/03/2020 - 12:54 hs

Há muito o que se aprender quanto ao novo coronavírus. O ato de lavar as mãos com frequência segue como um dos procedimentos mais eficazes para minimizar os riscos de propagação do microrganismo, mas, entre as medidas chamadas não farmacológicas, outra questão importante é o manejo de vestuário roupas de cama e banho, sejam usadas por pessoas infectadas ou não. Se o costume é chegar em casa, colocar as peças sujas no cesto e lavar em alguns dias, é preciso mudar os hábitos – a lavagem deve ser feita com mais frequência, além de outras medidas extras.

Para a limpeza adequada desses itens, profissionais recomendam a aplicação normal de água e sabão, mas também podem ser utilizados detergentes próprios. Separar roupas, lençóis, mantas, cobertores, fronhas, toalhas e panos de cozinha, entre outros tecidos, de uso por indivíduos com a doença, é um processo fundamental. A higienização deve ser realizada à parte.

O ideal é, ao chegar em casa, trocar a roupa com que circulou na rua, principalmente porque o vírus está contido em secreções microscópicas, e é difícil saber onde essas secreções podem estar depositadas, explica o infectologista Mateus Westin. “É indicado tomar um banho assim que entrar em casa, já que dessa maneira o processo de higienização é mais completo”, recomenda. “A lavagem feita na máquina é suficiente com água e sabão.”

Em situações normais, lençóis e fronhas devem ser lavados, no mínimo, uma vez por semana, ensina Ricardo Monteiro, especialista em higienização da Quality Lavanderia. No caso de pessoas doentes, devem ser limpo a cada dois dias. Como as roupas de cama estão em contato frequente e direto com o corpo, devido ao suor e oleosidade que exala, explica, é importante que sejam lavadas toda semana, assim não há risco de acúmulo e proliferação de microrganismos.

Na hora de lavar, quanto mais elevada for a temperatura, melhor – aos 30°, dificilmente o vírus será aniquilado, ensina o médico infectologista Carlos Starling. O indicado é um índice entre 60° e 90°, já que a temperatura normal do corpo humano, normalmente de cerca de 37°, é propícia para o aparecimento e sobrevivência do vírus. “Se possível, as peças devem ser lavadas diariamente. Ao chegar em casa, coloque para lavar imediatamente e tome um banho. No caso de pessoas que convivem em ambientes hospitalares, ou trabalhadores da área da saúde, outra dica é separar as peças de roupas individualmente em cada cesto. A limpeza da máquina de lavar, propriamente dita, não é necessária.”

ferro de passar é outro aliado, e o avanço do COVID-19 é motivo para a realização dessa tarefa doméstica. As temperaturas no eletrodoméstico podem alcançar os 100°, nível em que pouca coisa sobrevive.