A Central de Bloqueio de Celulares do Estado de Minas Gerais (Cbloc) está celebrando um ano de operação nesta semana. A iniciativa, que desburocratizou o processo de bloqueio de aparelhos para o cidadão após serem furtados ou roubados, já inutilizou quase 15 mil celulares, diminuindo o valor de mercado destes produtos no mundo do crime, principalmente no que diz respeito à receptação.
A Central de Bloqueio é um sistema que pode ser utilizado por qualquer mineiro de forma gratuita e fácil, já que para bloquear o celular e proteger dados pessoais como fotos ou caminhos de GPS salvos, ele só precisa do número da linha, e não mais do IMEI – identificação internacional do equipamento móvel.
Após o registro da ocorrência, o cidadão deve ir até a página da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e, em menos de três cliques, realizar a inutilização do celular. Há também a vantagem para o cidadão da ampliação das chances de ele ter o seu celular de volta, caso ele seja encontrado pelas autoridades policiais, se ele tiver sido identificado e bloqueado na plataforma Cbloc.
Algumas unidades da Polícia Militar também começaram, neste ano, a bloquear os aparelhos roubados e furtados imediatamente após o registro da ocorrência. O 60º Batalhão, com sede em Nova Serrana, foi o pioneiro. A ação também está sendo realizada em outros municípios, como Montes Claros, Divinópolis, Carmo do Cajuru, Cláudio, São Gonçalo do Pará, Itaúna e Itatiaiuçu.
Para o subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada da Sejusp, coronel Etevaldo Caçadini, a inutilização do aparelho, via Central de Bloqueios, reflete diretamente na criminalidade.
“A Cbloc é importante porque atende as pessoas lesadas na ponta da linha e ainda inibe a ação criminosa. Os criminosos estão pensando duas vezes antes de praticar qualquer tipo de roubo ou furto no estado, já que o produto será inutilizado”. O coronel Caçadini também ressalta o “empenho das forças de segurança do Estado, que têm trabalhado para divulgar o serviço para a população, principalmente no interior, o que tem contribuído, e muito, para o sucesso do projeto”, celebra.
Devido a esse esforço conjunto, as ocorrências de roubo de celulares em Minas já apresentam uma redução de 28% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado. De janeiro a maio de 2018, foram 20.052 registros, contra 14.343 no mesmo período de 2019. Em Belo Horizonte, a queda chegou a 33%, indo de 7.569 registros no mesmo período de 2018, para 5.060 em 2019.
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