Secretário de Saúde aponta desaceleração nos novos registros de febre amarela

Por Aécio Gonçalves 03/02/2017 - 10:01 hs

O Secretário de Saúde de Minas Gerais, Sávio Souza Cruz, usou as redes sociais para anunciar uma desaceleração nos registros de novos casos de febre amarela. Balanço divulgado nesta quinta-feira confirmou mais três óbitos. O número chegou a 51. Este é o maior número mortes em decorrência da doença desde 1980 – último dado disponível na série histórica de acompanhamento feito pelo Ministério da Saúde. Em 2000, 40 pessoas perderam a vida vítimas do vírus no país. 

De acordo com Sávio Souza Cruz, já se "observa um declínio na entrada de novos casos". Para o secretário, isso sinaliza "que toda essa operação de guerra montada pelo governo de Minas vem tendo efeito”. 

Mesmo com a estabilização dos casos novos a situação ainda é preocupante em Minas. Neste ano, foram computados 128 mortes suspeitas da doença. Dessas, 51 foram confirmadas e outras 77 ainda estão sendo investigadas. Os número vêm subindo a cada dia. Para se ter ideia, na segunda-feira o estado tinha 40 mortes confirmadas. Mas a SES afirma que a atualização não reflete as morte ocorridas apenas nos últimos dias mas também aquelas que já vinham sendo investigadas e só agora foram confirmadas. 

O número de notificações da doença também aumentou. Até esta quinta-feira, foram 777, um aumento de três registros em relação a quarta-feira. Se comparado com o início da semana, a alta foi de 65 registros. Do total, 138 foram confirmados. De acordo com a SES, na maioria dos casos suspeitos os sintomas tiveram início entre os dias 8 e 14 de janeiro. 

O número de cidades com notificações de casos suspeitos da doença também subiu. Agora são 61. Vale ressaltar que nesse total estão incluídos dois casos cujo local de infecção ainda é apurado. Nessa quarta-feira eram 60 cidades. Do total de comunidades, 31 tiveram a confirmação da doença. As mais afetadas foram os municípios da Região Leste de Minas. Ladainha (20), Itambacuri (14), Teófilo Otoni (12) e Novo Cruzeiro (11), Teófilo Otoni (12) lideram em mortes investigadas. Os homens são os mais afetados, representando 86% dos casos confirmados.